A jornalista Ksenia Sobchak denunciou um "ataque contra a sua equipa editorial" depois de ser alvo de um processo judicial por extorsão que a forçou a se refugiar na Lituânia.
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"É óbvio que esta é uma pancada contra a minha redação, a última redação livre na Rússia, que teve de ser reprimida", realçou Ksenia Sobchak nas redes sociais, dizendo, no entanto, que espera "não ser o caso, e que seja realmente um mal-entendido".
De acordo com a agência de notícias Tass e a emissora estatal RT, a ex-candidata presidencial russa de 2018 é alvo de um caso de extorsão, juntamente com o seu ex-gerente de negócios e ex-editor-chefe da revista de moda Tatler.
Segundo uma fonte policial, a casa da jornalista "foi revistada na manhã de quarta-feira [hoje]".
"O nosso diretor comercial Kirill Sukhanov foi preso", lamentou Sobchak.
Antes, uma fonte da guarda fronteiriça lituana disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que a mulher, de 40 anos, estava na Lituânia. "Ela chegou à Lituânia com um passaporte israelita", indicou a fonte.
Sobchak "fugiu da Rússia durante a noite", adiantou uma fonte da polícia russa à Tass, acrescentando que passou pela Bielorrússia.
Ainda de acordo com a Tass, o caso diz respeito a uma tentativa de extorsão de fundos à Rostec, empresa estatal que fabrica e exporta produtos industriais destinados, nomeadamente, ao setor militar. O delito é punível com uma pena de 15 anos de prisão.
A jornalista faz parte da oposição política russa há vários anos, embora os seus críticos a acusem de ser um fantoche do presidente russo, Vladimir Putin.