Um dissidente bielorrusso retirado de um avião da Ryanair forçado a aterrar em Minsk foi transferido para prisão domiciliar. A namorada, Sofia Sapega, também foi colocada sob a mesma condição.
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"Para mim é difícil comentar as ações e os objetivos das autoridades. É provável que o tenham envolvido em qualquer jogo político", disse o pai do jornalista bielorrusso, Dmitri Protasevich à cadeia de televisão britânica "BBC".
O advogado de Sapega, cidadã russa, qualificou a medida adotada como positiva.
"É um sinal positivo que vai permitir resolver a situação" de Sofia Sapega, disse o advogado Anton Gashinski, citado pela agência Interfax.
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Apesar de ter sido transferida para prisão domiciliária, Sapega fica impedida de "usar meios de comunicação" e qualquer tipo de deslocação "fica sujeita à vigilância das autoridades". A russa está agora a viver sozinha num apartamento alugado em Minsk.
Protasevich, 26 anos, e Sapega, 23 anos, foram detidos no passado dia 23 de maio depois de o avião da companhia Ryanair em que viajavam ter sido desviado para Minsk que informou o aparelho sobre um falso aviso de bomba a bordo.
A "comunidade internacional" pede a libertação imediata dos dois presos.
Em resposta ao ato de "pirataria" e "sequestro" do avião pelas autoridades de Minsk, a União Europeia concordou em ampliar as sanções contra o regime do presidente bielorrusso, fechando o espaço aéreo do país e recomendando às linhas de aviação europeias a evitar a passagem pela Bielorrússia.
O país é governado pelo mesmo presidente, Alexander Lukashenko, desde 1994.