O sindicato dos jornalistas egípcios apelou a uma greve geral em protesto contra a ausência de liberdade de imprensa na Constituição que está a ser redigida, num contexto de crise motivada pelo reforço dos poderes presidenciais.
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Os jornalistas votaram pela greve após uma reunião do sindicato, mas ainda não definiram a data, indicaram os participantes à agência noticiosa AFP.
Uma comissão constituinte dominada pelos islamitas está a redigir uma nova lei fundamental do país, muito criticada pelo facto de as versões provisórias do texto sugerirem que os direitos fundamentais não serão protegidos.
Os apoiantes do presidente islamita Mohamed Morsi, presentes no encontro, minimizaram a decisão adotada e sublinharam que o número de jornalistas presentes era muito reduzido.
Na quinta-feira, Morsi emitiu uma "declaração constitucional" no sentido de reforçar os seus poderes presidenciais, permitindo-lhe "tomar qualquer decisão ou medida para proteger a revolução" de 2011.