A primeira audiência do julgamento de crimes de guerra na República Centro-Africana foi adiada, na terça-feira, devido à ausência dos advogados dos réus. O julgamento será retomado a 25 de abril.
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O julgamento está relacionado com a morte de 46 civis nas aldeias de Koundjili e Lemouna, em maio de 2019, assassinatos que o ministério público diz ter sido cometidos pelo grupo rebelde "3R". Três membros do grupo foram acusados de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Estas atrocidades levaram à intervenção das forças de paz das Nações Unidas e de tropas da Rússia, França e Ruanda. Grupos de direitos humanos dizem que crimes contra civis são comuns, muitas vezes não são documentados e quem o faz sai impune.
Os advogados dos réus não compareceram no julgamento por motivos não apurados. Este primeiro julgamento de crimes de guerra sinaliza "um amanhã melhor para as vítimas", que podem finalmente ver os acusados julgados, disse o porta-voz do tribunal, Gervais Opportun Bodagay.
A República Centro-Africana é rica em ouro e diamantes, e tem sido abalada pela violência desde 2013.