O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak regressou, esta segunda-feira, ao tribunal do Cairo, acusado de corrupção e da morte de manifestantes durante a revolta popular que o obrigou a abandonar o poder. Mas o julgamento do foi adiado para 5 de Setembro.
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Hosni Mubarak foi presente a julgamento, esta segunda-feira, mas o início do processo foi adiado para 05 de Setembro, tendo o tribunal decidido igualmente que o julgamento não seria transmitido em directo pela televisão, noticiou a agência France Press.
O antigo presidente tinha-se apresentado em tribunal pela primeira vez a 3 de Agosto, quando a maioria da população não acreditava que tal acontecesse. Mubarak declarou-se inocente, depois de ter entrado no Tribunal Penal do Cairo deitado numa maca.
O antigo presidente do Egipto arrisca a pena de morte se for considerado culpado de ter ordenado disparos com balas reais sobre os manifestantes. O antigo responsável máximo daquele país é ainda acusado de corrupção e de ter permitido a venda de gás do Egito a Israel a preços inferiores aos praticados pelo mercado.
Hosni Mubarak, de 83 anos, hospitalizado desde Abril por problemas cardíacos, tem estado internado no centro médico internacional, perto do Cairo, desde o início do julgamento.
No domingo, teve início o julgamento do ex-ministro egípcio do Interior Habib el-Adli e de seis antigos colaboradores acusados no mesmo processo de terem mandado abrir fogo contra manifestantes durante os tumultos no Cairo.
Cerca de 850 pessoas foram mortas durante a revolta popular de Janeiro e Fevereiro que conduziu à queda do regime de Hosni Mubarak.