O fundador da rede WikiLeaks, Julian Assange, diz que está "preparado" para abandonar a embaixada do Equador em Londres onde se encontra refugiado há mais de dois anos.
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Numa conferência de imprensa em que esteve presente o chefe da diplomacia equatoriana, Ricardo Patiño, o fundador do WikiLeaks não especificou de que forma vai abandonar a embaixada ou se vai mesmo entregar-se às autoridades do Reino Unido, por motivos de saúde, tal como noticiou, esta segunda-feira, a estação de televisão britânica, Sky News.
"Vou sair da embaixada em breve mas talvez não seja pelas razões que indicam os meios de comunicação de (Rupert) Murdoch", disse Julian Assange referindo-se à Sky News, sem fazer mais comentários.
"É preciso pôr um fim a esta situação. Dois anos é muito tempo. Já está na altura de libertar Julian Assange", indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador durante a mesma de conferência de imprensa.
O membro do governo do Equador recordou que o país concedeu asilo político a Assange, estatuto que se encontra em vigor desde o dia 26 de maio.
"Nós vamos continuar a oferecer proteção. Continuaremos dispostos a falar com os governantes britânicos e suecos com vista a uma solução a esta séria violação dos direitos humanos contra Julian Assange", disse o ministro.
Os recursos judiciais sobre a ordem de captura de Assange, pedida pela Suécia, estão esgotados.
Julian Assange enfrenta acusações de violência sexual interpostas por duas jovens suecas.
Por outro lado, os Estados Unidos pretendem igualmente a extradição de Julian Assange devido à publicação de milhares de documentos secretos do governo norte-americano e das Forças Armadas, nomeadamente sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.