Jean-Claude Juncker, ex-primeiro-ministro luxemburguês e candidato à presidência da Comissão Europeia, alertou a União Europeia para a necessidade de impedir que a Moldávia se torne a "próxima vítima" da Rússia.
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"Depois dos acontecimentos na Ucrânia, é uma questão de urgência os europeus assinarem um acordo de associação com a Moldávia muito rapidamente, ou seja, nas próximas semanas", disse Jean-Claude Juncker ao jornal alemão "Welt am Sonntag".
A Moldávia tem, tal como a Ucrânia, uma república autónoma de maioria russa, a Transdniestria, que declarou a independência em 1991 e aprovou em referendo a integração do território na Federação Russa em 2006. A independência não foi no entanto reconhecida por nenhum país membro da ONU.
Depois da anexação da república ucraniana da Crimeia pela Rússia, o presidente da Moldávia, Nicolai Timofti, pediu à UE para "assinar o mais rapidamente possível" um acordo com o seu país.
A Moldávia é, com a Geórgia, um dos dois países do antigo bloco soviético que subscreveram um pré-acordo de associação com a UE durante a Cimeira da Parceria Oriental de novembro em Vilnius, cuja assinatura definitiva ficou prevista para até 2015.
Na entrevista, Jucker apoiou o pedido do presidente moldavo, afirmando: "Temos de vencer (o presidente russo, Vladimir) Putin, ele tem de saber que não pode fazer na Moldávia o que fez na Crimeia".
A UE, acrescentou, "tem de estabilizar a Moldávia e ligá-la ao Ocidente", "caso contrário a Moldávia pode tornar-se na próxima vítima da agressão russa".
Situada entre a Roménia, a oeste, e a Ucrânia, a leste, a Moldávia, de 3,5 milhões de habitantes, é o pais europeu mais pobre, com um rendimento 'per capita' de 2.037 dólares (1.475 euros) em 2012, segundo o Banco Mundial.
Juncker foi escolhido este mês pelo Partido Popular Europeu (PPE) como candidato a próximo presidente da Comissão Europeia.