A justiça alemã retirou esta sexta-feira as medidas cautelares que tinha imposto ao antigo presidente do Governo da Catalunha Carles Puigdemont até à extradição, após um juiz espanhol ter cancelado esta exigência.
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Num breve comunicado, o tribunal indicou que recebeu uma notificação da procuradoria de Schleswig-Holstein onde se informava a decisão emitida pelo Tribunal Supremo espanhol.
O tribunal alemão, que em 12 de julho decidiu a extradição de Puigdemont - mas apenas por alegado delito de peculato (desvio de fundos), mas não pelo de rebelião, muito mais grave, e que era solicitado pela justiça espanhola -, tinha decidido que o líder independentista permanecesse em liberdade sob pagamento de uma fiança de 75 mil euros, e com a obrigação de se apresentar semanalmente à polícia.
O Tribunal Supremo espanhol decidiu cancelar na quinta-feira o mandado europeu de detenção do ex-líder do governo catalão, recusando-se a julgar o independentista em fuga apenas pelo alegado delito de peculato e não pelo de rebelião.
O juiz Pablo Llarena respondeu assim à decisão tomada na semana passada pelo tribunal alemão.
O cancelamento do mandado europeu de detenção significa que Puigdemont vai continuar em liberdade, mas não poderá regressar durante 20 anos a Espanha, onde seria imediatamente detido para responder pelo crime de rebelião, que só prescreve passado este período.