O líder norte-coreano, Kim Jong-un, levou a filha a um jogo de futebol, na sexta-feira, durante as celebrações do aniversário do pai, Kim Jong-il, que morreu em 2011.
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A agência de notícias norte-coreana KCNA escreveu que a presença de Kim e da "amada filha", conhecida como Kim Ju-ae, trouxe "alegria e emoção" ao jogo de sexta-feira entre membros do Conselho de Ministros e do Ministério da Defesa Nacional. A aparição rara do líder ao lado da filha voltou a lançar o debate sobre se a jovem, que se acredita ter dez anos, está a ser preparada para um futuro papel de liderança.
A equipa do Ministério da Defesa venceu o jogo por 3-1, num evento que tinha como objetivo assinalar o aniversário do pai do líder norte-coreano, Kim Jong-il, que morreu a 17 de dezembro de 2011.
"O estádio encheu-se com a alegria e a emoção dos funcionários do Conselho de Ministros e do Ministério da Defesa Nacional que tiveram a grande honra de realizar importantes eventos desportivos e culturais no feriado de primavera de fevereiro, na presença de Kim Jong-un, a quem queriam ver, mesmo nos seus sonhos", acrescentou a KCNA.
A agência realçou ainda que todos os participantes do evento deixaram a "firme promessa de servir o povo com devoção, coragem renovada e alegria de espírito".
O evento marcou a sexta aparição pública de Kim Ju-ae divulgada pela comunicação social, mas a primeira que não está diretamente relacionada com as ambições nucleares do pai. A jovem apareceu pela primeira vez em público, em novembro, quando Kim Jong-un a levou para assistir a um teste de um míssil balístico intercontinental.
Já tinha aparecido na semana passada
Kim também apareceu ao lado do pai num desfile militar em Pyongyang, na semana passada. Além disso, também se encontra com o líder norte-coreano numa série de novos selos postais, lançados na sexta-feira, para marcar o teste de novembro do míssil balístico intercontinental, que Pyongyang descreveu como tendo sido um sucesso.
Analistas dizem que a presença de Kim Ju-ae em grandes eventos ligados ao poderio militar norte-coreano é a forma do líder lembrar o mundo que nunca vai entregar de forma voluntária armas nucleares e mísseis, que são uma garantia da sua sobrevivência e manutenção da dinastia Kim no poder. Defendem, além disso, que a exposição da jovem pode ter como objetivo preparar uma futura transferência do poder.
O ministro da Unificação sul-coreano, Kwon Young-se, minimizou esta possibilidade, na quarta-feira, durante uma sessão parlamentar.
Kwon realçou que a idade de Kim Jong-un - acredita-se que tenha 39 anos - e o poder dominado por homens no país levantam dúvidas sobre esta possibilidade.