Os meios de comunicação da Coreia do Norte anunciaram, este domingo, que o míssil balístico intercontinental (ICBM) que o regime lançou no sábado foi um Hwasong-15, o míssil com segundo maior alcance potencial do seu arsenal e que utilizou pela primeira vez em 2017.
Corpo do artigo
O Exército norte-coreano realizou um "lançamento repentino" do míssil e que disparou de um ângulo muito pronunciado, segundo a agência KCNA.
O Departamento Geral de Mísseis lançou o engenho desde o aeroporto internacional de Sunan, em Pyongyang, explica o texto da agência noticiosa estatal.
O ensaio, que ocorreu às 17.22 horas de sábado (hora local), "foi organizado de forma repentina sem aviso prévio", com base "numa ordem de emergência emitida na madrugada de 18 de fevereiro".
Segundo a KCNA, o projétil percorreu 989 quilómetros durante 1.015 segundos (uma hora e seis minutos) e alcançou um apogeu de 5.768,5 quilómetros, dados que coincidem com as revelações no sábado dos exércitos sul-coreano e japonês.
A Coreia do Norte apenas tinha testado o Hwasong-15 uma vez, em novembro de 2017 e em plena escalada de ameaças verbais entre Pyongyang e o então Presidente dos EUA, Donald Trump.
O texto da agência noticiosa norte-coreana também argumenta que "as ameaças militares"da Coreia do Sul e dos EUA "estão a ficar muito sérias, ao ponto de não poderem ser ignoradas".
Na sexta-feira, Pyongyang ameaçou com uma resposta "sem precedentes" às manobras militares anuais de primavera que Seul e Washington começaram a preparar para março, e que o regime qualificou de "preparativos para uma guerra de agressão".
Na próxima semana, os exércitos sul-coreano e norte-americano também realizam um exercício teórico no Pentágono que simula um ataque nuclear de Pyongyang.
Em 2022, a Coreia do Norte realizou um número recorde de lançamento de mísseis, cerca de meia centena, em muitos casos em resposta a manobras conjuntas dos dois aliados e ao reforço da presença estratégica dos EUA na península.