Os EUA asseguraram esta sexta-feira que a organização designada Estado Islâmico fez da tomada da cidade curdo-síria de Kobane o seu principal objetivo e admitiram que o pode conseguir, apesar dos ataques da coligação.
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"O inimigo tomou a decisão de fazer de Kobane o seu principal esforço", disse o chefe do Comando Central dos EUA (CENTCOM), general Lloyd Austin.
Adiantou que esta circunstância aumentou a probabilidade de as suas forças atacarem mais objetivos destes combatentes, que se revelaram devido à sua tentativa de conquistar a cidade.
"Se continuarem a revelar objetivos, vamos continuar a ataca-los", disse, durante uma conferência de imprensa no Pentágono.
Austin indicou que, apesar dos esforços militares para que Kobani no caia nas mãos dos extremistas sunitas, o principal esforço internacional deve centrar-se no Iraque.
"O Iraque é o nosso principal objetivo e tem de continuar a sê-lo", asseverou.
Os EUA, com mais alguns dos seus aliados, tem bombardeado as posições do EI nas imediações de Kobane de forma mais insistente nos últimos dias, aumentando o número dos ataques aéreos, que já superaram a centena em apenas algumas semanas.
Mas Austin acentuou que o menor número de intervenções em solo iraquiano ficou a dever-se unicamente a questões climatéricas, que impediram uma ofensiva mais forte dos aliados contra o EI.
O general considerou que a operação está no "caminho correto" e destacou o papel fundamental a desempenhar pelas tropas iraquianas no terreno.
Questionado sobre a estrutura do EI, o chefe do CENTCOM adiantou que estes combatentes têm um líder, cuja eliminação dizimaria a sua capacidade operacional.
Os EUA planeiam treinar cerca de cinco mil membros da oposição síria moderada para criar uma força para combater os militantes do EI.
Kobane, na província de Alepo, é um dos três enclaves curdos na Síria, e tem estado sob ataque do EI desde 16 de setembro, que a pretendem conquistar pela sua situação estratégica, por estar próxima da fronteira com a Turquia.