O Kuwait proibiu a exibição nos cinemas do filme "Barbie" como medida de "proteção das tradições sociais e da ética pública", considerando que as ideias difundidas no filme são "estranhas" à sociedade.
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O secretário-adjunto do Ministério da Imprensa e das Publicações do Kuwait, Lafy al Subeie, disse que a comissão de censura cinematográfica do Ministério da Cultura, pelo qual é responsável, tomou a decisão porque o filme "promulga ideias e crenças estranhas à sociedade kuwaitiana e à ordem pública", noticiou a agência noticiosa oficial KUNA.
A comissão afirmou que a decisão se baseia no "interesse de proteger a ética pública e as tradições sociais", sem especificar quais as cenas do filme ou ideias específicas que levaram à decisão.
A mesma comissão decidiu também proibir, pelas mesmas razões, a exibição do filme de terror "Talk to me", lançado no mês passado nos cinemas da região do Médio Oriente.
Também o Líbano, na quarta-feira, ordenou a proibição da projeção de "Barbie" porque "promove a homossexualidade" e incentiva "a feia ideia de rejeitar a custódia do pai, menosprezando o papel da mãe e ridicularizando-o". E porque "questiona a necessidade do casamento e a necessidade de uma vida saudável", para além "da necessidade do casamento e a necessidade de formar uma família", segundo o ministro libanês da Cultura, Mohamed Murtada.
Embora o Kuwait e o Líbano tenham proibido o filme, que já é um dos maiores sucessos de bilheteira deste ano em todo o mundo, espera-se que seja lançado, esta quinta-feira, na tradicionalmente conservadora Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos.
Noutros países da região, como o Egito, a estreia do filme protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling foi adiada para o final de agosto e, até agora, continua em cartaz.