O líder da al-Qaeda, o egípcio Ayman Al-Zawahiri, apelou, esta quinta-feira, para que os combatentes islamitas na Síria se unam e lutem até à criação de um "Estado islâmico" no país.
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Numa gravação áudio divulgada em páginas islamitas na Internet, Al-Zawahiri adverte os combatentes na Síria que "os Estados Unidos e os seus aliados pretendem substituir o governo criminoso do presidente Bashar al-Assad por outro, subordinado, que proteja Israel e rejeite a 'sharia' (a Lei islâmica)".
O líder da al-Qaeda, a organização terrorista fundada por Osama Bin Laden, apelou aos combatentes islamitas para não calarem as armas até ao estabelecimento de um "Estado islâmico que restaure o califado na Síria" e que "imponha a justiça e liberte a Palestina ou qualquer outra terra do islão ocupada".
Na mensagem de 22 minutos, cuja autenticidade não pode ser verificada, Al-Zawahiri adverte ainda contra planos para converter a "guerra santa na Síria" num instrumento dos Estados Unidos contra o Irão e insiste em que a luta em território sírio "é superior às aspirações norte-americanas e ao domínio iraniano".
Al-Zawahiri saúda ainda os combatentes rebeldes na Síria por porem a descoberto "a face negativa do Irão e dos seus aliados e a brutalidade dos seus crimes" e apela a "todos os muçulmanos" que apoiem a revolução síria "com as suas almas, o seu dinheiro ou a sua experiência".
Em 10 de abril, a organização islamita Frente Al Nosra, que constitui uma das principais milícias que combatem o regime de Bashar al-Assad, anunciou a sua lealdade à al-Qaeda e a Ayman Al-Zawahiri.