A líder do partido conservador escocês, Ruth Davidson, anunciou a sua demissão, um golpe para Boris Johnson um dia depois de ter anunciado a suspensão do parlamento até duas semanas antes da data do Brexit.
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Na sua carta de demissão, Davidson evoca "o conflito" que sentiu "em relação ao Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
A política, de 40 anos e cuja personalidade carismática deu novo fôlego ao Partido Conservador da Escócia, também justificou a sua decisão com razões familiares.
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O Governo britânico obteve na quarta-feira autorização da rainha Isabel II para suspender o parlamento durante cinco semanas, a partir de um dia a determinar entre 9 e 12 de setembro até 14 de outubro.
O objetivo, invocou o primeiro-ministro, Boris Johnson, é "apresentar uma nova agenda legislativa nacional ousada e ambiciosa para a renovação do país após o Brexit".
A suspensão do parlamento foi fortemente criticada pela oposição, que vê nela uma tentativa de limitar significativamente o tempo para os deputados apresentarem medidas para impedir uma saída do Reino Unido da União Europeia (UE) sem acordo.
Mas nas fileiras dos conservadores moderados a suspensão também originou agitação e vários media indicaram na quarta-feira que Davidson se poderia demitir.
Manifestações contra a suspensão do parlamento, qualificada pela generalidade dos opositores como um ataque à democracia, realizaram-se em Londres e noutras cidades britânicas e uma petição contra a medida já ultrapassou um milhão de assinaturas.