A chanceler alemã, Angela Merkel, e os presidentes francês, François Hollande, russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Petro Poroshenko, vão conversar por telefone, esta quarta-feira, sobre o conflito ucraniano, informou um porta-voz do governo francês.
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A conversa dos quatro dirigentes, que na semana passada concluiram um acordo de cessar-fogo, segue-se à saída das tropas ucranianas da cidade estratégica de Debaltseve, agora sob controlo dos separatistas pró-russos.
O porta-voz francês, Stéphane Le foll, afirmou que, apesar deste desenvolvimento, Hollande considera que o cessar-fogo "não está morto" e está disposto a fazer tudo para o manter.
"Vamos continuar. Sabemos que há problemas, sabemos que nem tudo está resolvido, mas entre a situação anterior ao acordo de Minsk e a situação agora, houve progressos", disse.
Em Berlim, o governo alemão condenou a tomada de Debaltseve e sublinhou que ela viola o cessar-fogo em vigor desde domingo e os acordos alcançados na cimeira de Minsk.
Os novos confrontos, afirmou o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, "debilitam profundamente as esperanças de paz".
Questionado sobre um suposto fracasso dos acordos de Minsk, Seibert escusou-se a pronunciar "um claro sim ou um claro não" e repetiu as palavras de Merkel na altura, no sentido de haver "uma réstia de esperança, nem mais nem menos".
As tropas ucranianas retiraram de Debaltseve, depois de uma ofensiva dos separatistas qualificada pela União Europeia (UE) como "uma clara violação" da trégua.
A NATO condenou igualmente a violência, apelando à Rússia para que retire todas as suas forças do leste da Ucrânia e cesse todo o apoio aos separatistas.
"Insto a Rússia a retirar todas as suas forças do leste da Ucrânia, a cessar o apoio aos separatistas e a respeitar o acordo de Minsk", disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, numa conferência de imprensa em Riga.