A Ucrânia comemora hoje o Dia da Independência, na mesma data em que se cumprem seis meses da ofensiva militar da Rússia contra o país, iniciada em 24 de fevereiro. Diversos líderes europeus reiteraram apoio a Kiev, com mensagens de apoio à luta pela independência.
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Apoio máximo da União Europeia
O presidente do Conselho Europeu garantiu "o máximo apoio possível" da União Europeia "para proteger e defender a independência, a soberania e a integridade territorial" da Ucrânia.
Charles Michel, saudou hoje a celebração do Dia da Ucrânia, vincando que a independência e a liberdade ucranianas são "a independência e a liberdade" europeias e destacando a "defesa corajosa" face à Rússia.
"Caros amigos ucranianos, hoje é o Dia da Independência da Ucrânia. Uma independência que estão a defender corajosamente há seis meses contra a Rússia. A União Europeia está aqui para vos apoiar", escreveu Charles Michel numa publicação na rede social Twitter.
No dia em que se celebra o Dia da Independência da Ucrânia e se assinalam simultaneamente seis meses desde o início da invasão lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, o responsável europeu salientou: "A vossa independência é a nossa. A vossa liberdade é a nossa liberdade. O vosso futuro é o futuro da União Europeia".
"É tempo de vos desejar uma feliz celebração da independência porque vocês estão a sofrer e a lutar para defender a vossa pátria, para defender o futuro do seu país e o futuro dos vossos filhos, mas também estão a lutar para defender os nossos valores e princípios europeus comuns", disse também Charles Michel, numa mensagem em vídeo publicada junto à mensagem no Twitter.
Alemanha e Itália vão continuar a fornecer armas
A Alemanha e a Itália reiteraram hoje o seu apoio à Ucrânia, incluindo no fornecimento de armas para combater a invasão russa, em mensagens alusivas ao dia da independência.
"Vamos continuar a entregar armas (...) e a treinar soldados ucranianos em equipamento europeu de ponta", disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
O Governo alemão anunciou, na terça-feira, que vai entregar novas armas à Ucrânia no valor de 500 milhões de euros, parte das quais em 2023.
Os novos fornecimentos incluem sistemas de defesa antiaérea Iris-T, tanques e lançadores móveis de foguetes, munições e dispositivos antidrones (aeronaves não tripuladas).
"Continuaremos as nossas sanções, daremos apoio financeiro à Ucrânia e ajudaremos a reconstruir cidades e aldeias destruídas", assegurou Scholz, citado pela agência francesa AFP.
Scholz reiterou a sua intenção, anunciada na terça-feira, de organizar "no final de outubro, em Berlim, uma conferência internacional sobre a reconstrução" da Ucrânia.
"A Alemanha apoia firmemente a Ucrânia hoje e enquanto a Ucrânia precisar do nosso apoio", disse.
O primeiro-ministro em exercício de Itália, Mario Draghi, e o Presidente da República, Sergio Mattarella, também expressaram apoio à Ucrânia e apelaram para o fim da guerra.
O Governo italiano "continuará a fornecer apoio político, financeiro, militar e humanitário", disse Draghi numa mensagem citada pela agência espanhola EFE.
O objetivo, referiu, é que a Ucrânia se possa defender da agressão russa e "alcançar uma paz duradoura, em termos que considere aceitáveis".
Draghi também agradeceu o empenho de Kiev no desbloqueio das exportações de cereais através do Mar Negro, que considerou "um primeiro passo importante para garantir a segurança alimentar global".
"Não podemos fraquejar" afirma o presidente francês
O presidente francês, Emmanuel Macron, instou a comunidade internacional a não mostrar "nenhuma fraqueza, nenhum espírito de compromisso" face à Rússia, no momento em que a guerra na Ucrânia cumpre, na quarta-feira, seis meses.
"Não podemos fraquejar, nem ter espírito de compromisso [em relação a Moscovo], porque se trata da nossa liberdade, de todos, e da paz em todas as partes do globo", afirmou Macron.
"Condenamos a Rússia. Nunca reconheceremos qualquer tentativa de alterar o estatuto de qualquer parte da Ucrânia", disse, por sua vez, o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Denunciando "a agressão não provocada desencadeada pela Rússia contra Ucrânia", o chefe do Governo alemão prometeu continuar as sanções contra Moscovo e enviar nova ajuda militar a Kiev, incluindo sistemas de defesa aérea.
Santos Silva saúda povo ucraniano e reafirma solidariedade
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, saudou hoje o povo e o parlamento ucraniano no seu Dia da Independência Nacional, reiterando a solidariedade com a luta da Ucrânia "em defesa da independência e da integridade territorial".
Numa publicação no Twitter, Augusto Santos saudou os ucranianos e o parlamento da Ucrânia neste dia.
"Reafirmo a nossa solidariedade com a luta da Ucrânia em defesa da independência e da integridade territorial", reiterou.
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