
Cada robô pode carregar cerca de 20 kg de equipamento
Foto: Direitos Reservados
Depois de terem sido "a estrela" da última parada militar, os famosos lobos robóticos, das mais recentes tecnologias de guerra chinesas, estão a ser testados para atuar em missões com os operacionais do Exército. Vistos como uma arma formidável, os dispositivos quadrúpedes têm levantado preocupações face à tensão com Taiwan.
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No final de outubro, o canal de televisão chinês CCTV-7 apresentou a "Companhia de Heróis Huangcaoling", pertencente ao 72.º Grupo do Exército e considerada uma das principais forças de combate no Estreito de Taiwan. Durante a emissão, foram transmitidas imagens das Forças Armadas a utilizar "lobos robóticos" em operações de assalto, marcando uma transição nas capacidades de combate do país.
Tecnologia abre novas possibilidades
Segundo o canal, durante o exercício de outubro, a companhia abandonou o tradicional envio de infantaria em veículos de assalto anfíbios para ofensivas na praia, utilizando, em vez disso, os robôs.
"Eles [os 'lobos'] absorvem a primeira onda de fogo inimigo para abrir um corredor seguro para as tropas da infantaria", explicou o comandante de uma brigada do Corpo de Fuzileiros Navais, Wang Rui, à CCTV. Tradicionalmente, o desembarque na praia é a parte mais letal do combate anfíbio, uma vez que as tropas ficam muito expostas.
Uma vez que a China não descartou o uso de força para alcançar a reunificação com Taiwan, a eficácia destes autómatos representa um foco central para os analistas militares de ambos os lados do estreito.
Os veículos de combate não tripulados permitem reconhecer e desativar minas e apoiar os grupos de combate. Além disso, podem transportar lança-mísseis, caixas de munições, equipamentos de comunicação e kits médicos. Cada robô pode carregar cerca de 20 kg de equipamento, possibilitando maior liberdade aos operacionais humanos.
Apesar de serem uma importante adição ao Exército, estes robôs não substituem os humanos. No exercício relatado pelo canal, as máquinas foram destruídas a abrir caminho aos soldados, necessários à conclusão da missão.
Face à aposta chinesa nos equipamentos não tripulados para a guerra aérea, marítima e terrestre, Taiwan planeia propor um investimento de 36 mil milhões de euros na Defesa.
