O Ministério Público Federal do Brasil acusou esta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sua mulher, Marisa Letícia, e outras seis pessoas no âmbito da Operação Lava Jato por irregularidades num imóvel no Guarujá.
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As outras pessoas são Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, Léo Pinheiro, presidente da OAS, e outras quatro pessoas ligadas à mesma empreiteira.
Ainda não se sabem quais os crimes de que os envolvidos serão acusados.
Lula da Silva é acusado de ter sido beneficiado com obras no imóvel, feita pela construtora.
Segundo o MPF, a reforma foi oferecida pela empresa como compensação por ações do ex-presidente no esquema de corrupção da Petrobras.
O procurador Deltan Dallagnol, que coordena a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, disse que o ex-presidente brasileiro Lula da Silva era o "grande general" do esquema criminoso descoberto pelas autoridades.
Em conferência de imprensa em Curitiba, o procurador afirmou que o ex-chefe de Estado era o "comandante" que "determinou a realização e a continuidade da prática dos crimes" num mega-esquema de corrupção, associado à petrolífera Petrobras.
O procurador referiu que o núcleo político está no topo da "pirâmide criminosa" do Petrolão e no centro do esquema aparece Lula da Silva.
Em causa estão crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.