Jack Teixeira, lusodescendente de 22 anos responsável por uma das maiores fugas de informação da Defesa dos EUA dos últimos anos, aceitou uma pena de prisão de 16 anos, noticia a ABC.
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De acordo com o acordo de confissão, o jovem concordou em declarar-se culpado das seis acusações de publicação de segredos da defesa nacional dos EUA, sendo que, em troca, o Ministério Público aceitou deixar cair outras acusações nos termos da Lei da Espionagem.
Jack Teixeira foi acusado de divulgar online uma série de documentos militares confidenciais, nomeadamente sobre a guerra na Ucrânia ou a espionagem de países aliados, fugas que envergonharam Washington .
Ainda à luz do acordo de confissão, o lusodescendente anuiu ser alvo de um interrogatório com o Departamento de Defesa e o Departamento de Justiça e devolver os materiais sensíveis ainda na sua posse.
O militar de North Dighton, no estado norte-americano de Massachusetts, está preso desde a sua detenção em abril. Teixeira ingressou na Guarda Nacional em setembro de 2019 e estava autorizado a aceder a informações ultrassecretas desde 2021.
O Departamento de Justiça estima que o jovem tenha começado a guardar e partilhar os dados confidenciais em janeiro de 2022, disseminando as informações de duas formas: por escrito através daquela plataforma, ou com imagens dos documentos em que se podia ler a classificação de sigilo ou ultrassecreto.
Alguns analistas compararam o potencial impacto desta fuga de informação com aquele causado em 2013 por Edward Snowden, quando expôs o alcance dos programas de espionagem em massa que os Estados Unidos lançaram após os ataques de 11 de setembro de 2001.