Mahmoud Khalil, "prisioneiro político" nos EUA devido à resistência pró-Palestina
Detido há uma semana e meia e sob risco de deportação, o líder dos protestos pró-Palestina na Universidade de Columbia, Mahmoud Khalil, enviou uma mensagem, publicada esta terça-feira, em que afirma ser um "prisioneiro político" e onde culpa o atual e o anterior Governo dos EUA, além da própria instituição de ensino.
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“Eu sou um prisioneiro político”. É assim que Mahmoud Khalil se define num comunicado divulgado pelo jornal britânico “The Guardian”. O ativista, que ficou conhecido por ser um dos interlocutores dos protestos pró-Palestina na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, foi detido por agentes federais a 8 de março – que alegaram que cumpriam ordens do Departamento de Estado norte-americano – e levado para um centro de detenção no Louisiana, no Sul dos Estados Unidos.
O palestiniano, que é um residente permanente (ou seja, possui o designado “green card”) e é casado com uma norte-americana grávida de oito meses, acredita que a Administração Trump está a atacá-lo "como parte de uma estratégia mais ampla para suprimir a dissidência". Khalil deixou um alerta: “Os titulares de vistos, os titulares de 'green card' e os cidadãos serão todos alvos das suas convicções políticas”.