A grande maioria dos britânicos deseja um referendo sobre o Tratado de Lisboa da União Europeia (UE) se o líder do Partido Conservador do Reino Unido, David Cameron, ganhar as eleições gerais do próximo ano.
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Esta aspiração transparece de uma sondagem publicada hoje, domingo, pelo The Sunday Telegraph, na qual 70 por cento dos 1.018 adultos entrevistados exigem a realização de uma consulta popular sobre o Tratado de Lisboa, considerado um texto fundamental para a reforma das instituições de governação da Europa a 27 países.
Esta maioria defende o referendo mesmo que o texto do Tratado de Lisboa já tenha sido introduzido na legislação nacional, quando os conservadores eventualmente cheguem ao poder.
De acordo com a sondagem, feita pela empresa ICM por telefone entre os dias 16 e 17 de Setembro, 40 por cento apoia a saída do Reino Unido da União Europeia, uma percentagem maior que a resultante de outras sondagens recentes.
Interrogados sobre qual dos quatro grandes países membros beneficia mais da integração na UE, 43 por cento mencionam a França, 25 por cento a Alemanha, 10 por cento o Reino Unido e 0,8 por cento a Itália.
O estudo, de acordo com o jornal, coloca "sob pressão" os "tories", que continuam a ser partidários de um referendo, sendo embora quase certo que os irlandeses aceitarão o texto na consulta a que serão chamados em Outubro próximo.
Cameron, favorito para primeiro-ministro nas eleições gerais do 2010, é partidário do referendo se o Tratado de Lisboa não for ratificado por todos os Estados membros da UE, condição necessária para a sua aplicação.
" margem do veredicto dos irlandeses, que em 2008 disseram "não" ao tratado, no referendo que terá lugar em 02 de Outubro próximo, a Polónia e a República Checa ainda terão que ratificar o texto.
No passado dia 16, Cameron deixou claro o facto de, enquanto o texto não for ratificado por todos os Estados, o seu partido advogará a realização de referendo e recomendará o voto "não" com a finalidade de "mudar a Europa".