Pelo menos 1439 pessoas morreram nos últimos dois meses em Manbech, norte da Síria, numa ofensiva contra o grupo jiadista Estado Islâmico.
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A ofensiva tem sido concretizada pelas Forças da Síria Democrática (FSD), uma coligação curdo-árabe apoiada pelos Estados Unidos.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que entre os mortos registados, pelo menos 399 são civis, dos quais 98 menores e 50 mulheres, segundo a agência Efe.
Segundo aquela organização não governamental (ONG), 200 civis morreram na sequência de bombardeamentos do EI, disparos de franco-atiradores e explosões de viaturas armadilhadas, enquanto 199 morreram em ataques aéreos da coligação internacional encabeçada pelos Estados Unidos.
Além destes, 203 combatentes curdos e árabes morreram em confrontos com os jiadistas, que prosseguem dentro em Manbech e arredores, relata o Observatório.
O Observatório dá ainda conta da morte de, pelo menos, 837 membros do EI na sequência de combates com as FSD, que contam com o apoio aéreo da coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos.
O controlo dos jiadistas dentro da cidade diminuiu em cerca de 60%, desde que as FSD conseguiram conquistar vários bairros.
A coligação curdo-árabe iniciou no passado dia 31 de maio uma ofensiva para afastar os radicais do domínio de Manbech, um dos feudos do EI na província de Alepo, junto à cidade de Al Bab, situada a cerca de 20 quilómetros.
De acordo com os números do OSDH, cerca de 30 mil residentes escaparam de Manbech desde o início da ofensiva e conseguiram chegar a zonas dominadas pela milícia curdo-árabe, ao passo que outros dezenas de milhares continuam ainda cercados, enfrentando uma grave situação de carência alimentar e sanitária.