Mais de 27 mil portugueses já visitaram a Albânia este ano: "A hospitalidade é a nossa arma"
Há pouco mais de 30 anos, a Albânia vivia alienada do Mundo, enclausurada pela ditadura de Enver Hoxha. A outrora “Coreia do Norte da Europa” afirmou-se como destino turístico e foi visitada, em 2023, por 10,1 milhões de estrangeiros. Este ano, já mais de 27 mil portugueses fizeram férias no país dos Balcãs.
Corpo do artigo
Das praias paradisíacas ao vasto património cultural, não faltam motivos para a Albânia estar na moda. A pandemia ajudou a colocar o país de 2,5 milhões de habitantes no mapa, tornando-o uma alternativa à Grécia, Croácia e Itália (confinados pela covid-19), mas a arte de receber foi o que conquistou e surpreendeu os turistas. “A hospitalidade não é algo recente: é a nossa grande arma. Faz parte da nossa tradição. É algo que herdámos ao longo de séculos, mesmo nos piores períodos da nossa História”, garantiu Mirela Kumbaro, ministra do Turismo e do Ambiente, numa conversa com jornalistas portugueses em Tirana, a capital do país.
Em apenas três anos, o número de visitantes quase duplicou: passou de 5,7 milhões em 2021 para 10,1 milhões em 2023. E até ao final de outubro, já tinha superado o valor do ano passado, registando 10,9 milhões de turistas, mais de 27 mil portugueses. São “embaixadores” que levam a História e a cultura albanesa além fronteiras, um trunfo que pode ser importante para a adesão à União Europeia, processo que dura há mais de uma década. “Talvez já tenham ouvido falar da nossa antiga Constituição, de há cinco séculos, cuja primeira linha dizia: a casa de um albanês pertence a Deus e ao hóspede. Isto nunca mudou, assim como nunca mudou o nosso desejo de integração europeia. É quase a nossa religião”, afirmou a governante, que assumiu a pasta da Cultura entre 2013 e 2019.