Mais de 50 vítimas: Aluno de doutoramento poderá ser "um dos maiores violadores" do Reino Unido
Zhenhao Zou, de 28 anos, foi ontem acusado de 11 crimes de violação. O cidadão chinês, a viver em Londres, atraía as vítimas ao seu apartamento de luxo, drogava-as e filmava os abusos. Durante a investigação, a polícia encontrou provas de mais de 50 violações e está a tentar identificar as visadas.
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Um estudante de doutoramento da University College London foi acusado, na quarta-feira, de ter drogado e violado dez mulheres, entre 2019 e 2024, em Inglaterra e na China. Para Kevin Southworth, responsável da investigação, Zhenhao Zou, de 28 anos, poderá ser "um dos maiores predadores sexuais" do Reino Unido, acreditando-se que o número real de vítimas seja superior a 50.
O cidadão chinês seduzia as vítimas até ao seu apartamento de luxo, drogava-as, violava-as enquanto estavam inconscientes e filmava o crime com o objetivo de ficar com uma "recordação". Além disso, guardava numa caixa pertences das mulheres, nomeadamente joias e roupa.
Na quarta-feira, no Inner London Crown Court, a juíza Rosina Cottage afirmou que Zhenhao Zou é um "criminoso perigoso", que deverá enfrentar uma "longa pena de prisão", quando for conhecida a condenação, a 19 de junho.
Durante a investigação, as autoridades policiais encontraram gravações de pelo menos 50 violações e estão, agora, a tentar identificar as vítimas. "Os crimes são de natureza tão insidiosa que há a possibilidade de muitas mulheres nem sequer saberem que foram, de facto, violadas", notou Southworth.
Zou foi acusado de 11 crimes de violação (a 10 mulheres), posse de pornografia extrema, voyeurismo e falsa prisão. Sete das violações ocorreram na China, durante a pandemia, e a polícia não chegou a identificar as vítimas. As outras quatro foram em Londres, sendo que duas das mulheres em causa foram identificadas e foneceram provas. Os abusos cometidos na China integram o processo judicial porque os estrangeiros a viver no Reino Unido podem ser julgados por crimes cometidos noutros países.
Zhenhao defendeu em tribunal que os vídeos eram apenas "interpretações" combinadas com as vítimas. "Nós discutíamos especificamente os tipos de papel que eu gosto, que eram os de violação", referiu.