Desde o início da guerra foram limpos mais de 11 285 mil hectares de terrenos agrícolas.
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O equivalente a mais de um terço do território ucraniano está contaminado com minas e objetos explosivos devido à guerra em curso com a Federação Russa, avançou ontem o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas, em mensagem publicada na rede Telegram.
“Na semana passada, especialistas do comando das forças de apoio das Forças Armadas da Ucrânia examinaram e limparam mais de 260 hectares de terras agrícolas e outros territórios de objetos explosivos, onde 3530 objetos explosivos foram removidos e neutralizados”, refere a declaração.
Desde o início da ofensiva em grande escala russa, em fevereiro de 2022, “grupos de desminagem de unidades de comando das forças de apoio das Forças Armadas da Ucrânia limparam mais de 11 285 mil hectares de terrenos agrícolas de objetos explosivos, removeram e neutralizaram 135 792 objetos explosivos”, alegam ainda as forças de Kiev, citadas pelo jornal “The Guardian”.
Dois civis mortos
Um homem de 60 anos morreu na noite de sexta-feira quando um míssil russo atingiu uma instalação industrial em Kryvyi Rih - cidade natal de Volodymyr Zelensky -, no centro da Ucrânia, segundo mensagens publicadas no Telegram pelo autarca local, Oleksandr Vilkul, que acrescentou que a mulher da vítima foi hospitalizada com ferimentos graves causados por estilhaços.
Já ontem, Vilkul informou que mísseis e drones russos atingiram novamente o mesmo local durante a noite, causando danos não especificados e provocando um incêndio que foi apagado pela manhã, não se tendo registado feridos.
Na região de Kherson, no Sul do território ucraniano, um civil foi morto e outro ficou ferido em resultado de ataques russos, informou ontem o governador local, Oleksandr Prokudin.
Também através do Telegram, o governador referiu que as tropas de Moscovo utilizaram morteiros, artilharia, tanques, drones e lançadores de rockets sobre a região, atingindo áreas residenciais.
A Alemanha fará chegar à Ucrânia 200 milhões de euros adicionais para apoiar a reabilitação dos sistemas de saúde, educação, o abastecimento de água potável e a reconstrução das cidades, anunciou Jochen Flasbarth, secretário de Estado do ministério da Cooperação Económica e Desenvolvimento.