Um empresário russo ligado à Gazprom foi encontrado morto na piscina da sua mansão. Mais um a morrer em circunstâncias dúbias.
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Yury Voronov foi encontrado morto caído na piscina da casa onde vivia, na segunda-feira, nos arredores de São Petersburgo. Tinha um ferimento de bala na cabeça e uma arma semiautomática perto do corpo, com vários cartuchos usados no fundo da piscina. O Comité de Investigação da Rússia anunciou estar a apurar as circunstâncias da morte, apontando, para já, para homicídio com origem numa "disputa com parceiros de negócios", de acordo com o jornal "The Independent" e a agência de notícias ucraniana UNIAN.
Aos 61 anos, Voronov era o fundador e líder de uma empresa de transportes e logística, a Astra-Shipping, que mantinha contratos com a gigante russa Gazprom, maior exportadora de gás natural do mundo, no Ártico. Torna-se, assim, em mais um membro da elite russa e, particularmente, em mais um oligarca ligado à Gazprom a morrer em circunstâncias ainda por apurar, desde o início do ano. Será a terceira morte de um milionário do setor do gás no mesmo subúrbio de luxo daquela que é a segunda maior cidade da Rússia.
The director of the contractor company 'Gazprom', Yurii Voronov, has been found in the pool of an elite village near Vyborg.
- Visegrád 24 (@visegrad24) July 5, 2022
He was found with a gunshot wound. pic.twitter.com/25VXKsvfAT
Entre as várias mortes envoltas em incógnita registadas desde janeiro (o número varia pela imprensa internacional, havendo publicações que apontam para nove), constam milionários ligados à Gazprom, como Leonid Shulman, chefe do serviço de transporte da Gazprom Invest (30 de janeiro), Alexander Tyulakov, vice-diretor geral (25 de fevereiro), e Vladislav Avayev, ex-vice-presidente do Gazprombank, com a mulher e a filha (18 de abril). Mas a aparente inexplicável razia também visou empresários da produtora de gás Novatek e da petrolífera Lukoil, além de outros que fizeram fortuna com petróleo e gás, como Mikhail Watford (28 de fevereiro).
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