É um primeiro sinal de esperança para os familiares dos passageiros do avião que desapareceu a 8 de março. A Malásia considera "uma pista credível" os destroços localizados por um satélite australiano, a sul da rota inicial. Buscas foram canceladas ao cair da noite, mas serão retomadas pela manhã, madrugada em Portugal.
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Um navio mercante norueguês foi o primeiro a chegar à zona onde foram localizados, por satélite, dois destroços que podem pertencer ao avião da Malaysia Airlines desaparecido a 8 de março, com 239 pessoas a bordo.
Um outro navio mercante chegará entretanto para ajudar nas buscas, que se estendem por "cerca de 100 quilómetros", segundo o diretor da Federação de Armadores Noruegueses, Sturla Henriksen.
As buscas, que contaram com quatro aviões de reconhecimento, foram canceladas quando caiu a noite no local, início da tarde de quinta-feira em Portugal. Segundo a Autoridade de Emergência Marítima australiana (AMSA, na sigla original), seis navios mercantes estão envolvidos nas buscas, desde que foi emitido um alerta, na segunda-feira à noite. O HMAS Success da Marinha Australiana também se dirige para o local.
O Governo malaio diz que a "pista é credível", mas avisa que pode demorar dias a encontrar alguma prova de que se trata do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines. "Os dados do satélite australiano foram corroborados por dados de outros satélites até um determinado limite", o que os torna mais credíveis, disse Hishammuddin Hussein, ministro dos Transportes da Malásia.
As buscas vão continuar noutras zonas do globo, nomeadamente em áreas mais próximas da rota que o voo MH370 deveria ter seguido, quando saiu de Kuala Lumpur, na Malásia, rumo a nordeste, com destino a Pequim, um percurso totalmente inverso ao que o levaria ao local onde se centram agora as buscas, ma remota zona do oceano batida pelo mau tempo, entre o sudoeste da Austrália, o sudeste de África e a Antártida.
Os destroços foram sinalizados por satélite no passado domingo, mas "dado o volume de imagens e o detalhe exigido pelo processo de análise subsequente, a informação só foi transmitida à Autoridade de Emergência Marítima Australiana na quinta-feira de manhã", pode ler-se no comunicado da AMSA.
"Depois da análise destas imagens de satélite, dois objetos possivelmente relacionados com as buscas foram identificados", a cerca de 2300 quilómetros a sudoeste da cidade de Perth, na costa ocidental da Austrália. O maior dos dois objetos detetados tem 24 metros; o mais pequeno cerca de cinco.