O presidente do Governo de Espanha, Mariano Rajoy, chegou esta manhã de quinta-feira a Santiago de Compostela para conhecer de perto as circunstâncias do acidente ferroviário que fez pelo menos 78 mortos e mais de 130 feridos na quarta-feira à noite.
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Mariano Rajoy, natural daquela cidade galega, visitou, juntamente com a ministra da Economia, Ana Pastor, e o presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, o lugar onde aterrou a carruagem que voou pelo ar no momento do acidente, em cima de um talude que separa a linha férrea da estrada e onde estão instaladas duas enormes gruas que estão a ser usadas para deslocar os vagões descarrilados.
O presidente do Governo deteve-se depois num viaduto sobre a linha, onde durante cerca de dez minutos, acompanhado por diretores da operadora dos comboios espanhola, Renfe, e da administradora da infraestrutura ferroviária, Adif, seguiu as explicações sobre como aconteceu o acidente e como decorrem os trabalhos com as equipas de emergência.
Posteriormente, a comitiva atravessou a ponte existente sobre as vias para ver a locomotiva e as quatro carruagens ainda voltadas sobre a linha.
Rajoy seguiu depois para o hospital para visitar os feridos.
O acidente ocorreu às às 20.40 horas locais (19.40 em Portugal continental) quando um comboio de alta velocidade que fazia a ligação entre Madrid e Ferrol descarrilou a três quilómetros de Santiago de Compostela.
Perante a tragédia, o governo da autonomia da Galiza decretou sete dias de luto oficial e o Congresso, o Senado e partidos políticos como o PP e o PSOE convocaram um minuto de silêncio a partir das 12 horas locais (11 horas em Portugal continental) em memória das vítimas.
Funcionários das instituições, trabalhadores dos partidos e representantes políticos são chamados a participar neste minuto de silêncio às portas das respetivas sedes.
O rei de Espanha, Juan Carlos, e o príncipe Felipe cancelaram todos os compromissos públicos que tinham agendados para hoje em sinal de luto.
O rei deveria receber o tenor Placido Domingo, enquanto Felipe deveria visitar as instalações da empresa de telecomunicações Telefónica, disse um porta-voz da casa real espanhola.