Mario Draghi apresentou formalmente a demissão do cargo de primeiro-ministro de Itália, após ter perdido o apoio da coligação que o apoiava.
Corpo do artigo
O primeiro-ministro apresentou a demissão ao presidente Sergio Mattarella, esta quinta-feira de manhã, de acordo com o gabinete da Presidência.
Segundo a agência Efe, Sergio Mattarella aceitou a demissão de Mario Draghi, que se "mantém em funções".
Draghi reuniu-se com Mattarella para apresentar a demissão depois de os três parceiros do governo de coligação - os conservadores do Forza Italia de Sílvio Berlusconi, a Liga (extrema-direita) de Matteo Salvini e o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) de Giuseppe Conte - lhe retirarem o apoio durante a moção que foi apresentada no Senado.
O presidente da República italiano vai receber hoje os presidentes das duas câmaras do Parlamento e estuda a convocação de eleições antecipadas.
Mattarella vai "receber durante a tarde no Palácio do Quirinal (Roma) os presidentes das duas câmaras, seguindo o artigo 88 da Constituição", no quadro da dissolução parlamentar que antecede a convocação de eleições, indica o chefe de Estado italiano num breve comunicado.
O artigo 88 indica que o "presidente da República pode, após consultas, dissolver as duas câmaras ou uma delas. Não pode exercer (o artigo 88) nos últimos meses de mandato" como chefe de Estado.
A dissolução das câmaras só é possível caso venham a ser convocadas eleições.
A presidente do Senado, Elisabetta Casellati, vai reuniu-se com Mattarela às 16.30 horas (14.30 horas em Portugal continental) e o presidente da Câmara dos Deputados (Parlamento), Roberto Fico, vai ser recebido pelo chefe de Estado meia-hora mais tarde.