O presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola (BFA), Mário Leite Silva, justificou a sua renúncia ao cargo com a exclusão da nova lista de administradores aprovada em dezembro pela operadora de telecomunicações angolana Unitel.
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A posição surge numa carta, com data de 20 de janeiro e à qual a Lusa teve acesso, em que o gestor português, considerado o braço direito da empresária angolana Isabel dos Santos, comunica ao conselho fiscal do BFA a sua renúncia ao mandato, conhecida publicamente esta quinta-feira, na sequência do chamado processo Luanda Leaks.
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"No final do passado mês de dezembro, o conselho de administração da Unitel aprovou formalmente a lista de pessoas a designar para o conselho de administração do BFA para o triénio que se inicia. Não fazendo parte dessa lista, considero ser o momento apropriado para fazer cessar as minhas funções neste órgão, que integro desde a primeira hora em que a acionista Unitel entrou no capital social do BFA", lê-se na carta assinada por Mário Leite Silva.
Mário Leite da Silva diz que deixa BFA após três anos de "resultados sem paralelo"
Mário Leite da Silva afirma sair numa altura em que o banco obteve "resultados sem paralelo", distribuindo dividendos de 452 milhões de dólares nos últimos três anos.
A posição surge numa carta, com data de 20 de janeiro e à qual a Lusa teve hoje acesso, em que o gestor português, considerado o braço direito da empresária angolana Isabel dos Santos, comunica ao conselho fiscal do Banco de Fomento Angola (BFA) a sua renúncia ao mandato.
"Em particular, no último triénio, em que desempenhei as funções a que agora renuncio, o banco obteve resultados sem paralelo", lê-se na carta, em que Mário Leite da Silva justifica a sua renúncia ao cargo com a exclusão da nova lista de administradores aprovada em dezembro pela operadora de telecomunicações angolana Unitel (que detém 51,9% do capital social do banco e que até 2019 foi liderada por Isabel dos Santos).