
Foto: Kang-Chun Cheng / AFP
Pelo menos três pessoas morreram e 17 casas ficaram destruídas na sequência de chuva forte registada em Chimoio, no centro de Moçambique, anunciaram as autoridades locais.
"Tivemos três óbitos, entre os quais uma criança. Uma das causas da morte foi a tentativa de atravessar uma das pontes (...), era uma ponte precária e acabou desabando", disse João Nataniel, administrador do distrito de Chimoio, em Manica, citado, esta quinta-feira, pela comunicação social.
Segundo o responsável, há ainda 17 casas afetadas, algumas que desabaram e outras que ficaram sem teto, estando em curso um trabalho de sensibilização das comunidades para abandonarem as zonas de risco. "Estamos a mobilizar a nossa população para estar numa zona mais segura e estamos [também] a mobilizar os nossos jovens, as nossas mães, para podermos abrir valas de drenagem para podermos ter melhor acesso aos bairros", referiu o administrador.
Moçambique está em plena época chuvosa, que se iniciou em outubro e decorre até abril, com as autoridades a preverem chuvas e ventos fortes.
O país africano é considerado um dos mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O presidente moçambicano disse, em 18 de dezembro, que pelo menos 313 pessoas morreram, 1.255 ficaram feridas e mais de 1,8 milhões foram afetadas pelos ciclones Chido, Dikeledi e Jude, que atingiram Moçambique na época chuvosa 2024-2025.
Já entre 2019 e 2023, os eventos extremos provocaram pelo menos 1016 mortos em Moçambique, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
