O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou, esta sexta-feira, que todos os países membros da NATO concordam com a adesão da Ucrânia à aliança militar e que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi convidado para participar na próxima cimeira em julho.
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A adesão da Ucrânia à NATO, que traz o compromisso de todos os países membros se protegerem uns aos outros em caso de invasão, já há muito que é uma exigência de Kiev. "Ninguém pode dizer quando e como esta guerra termina. Mas o que sabemos é que, quando a guerra acabar, precisamos de garantir que a história não se repita", defendeu Stoltenberg.
O secretário-geral da NATO viajou para Kiev na quinta-feira, a primeira vez que visitou o país desde o início da guerra, para reunir com o presidente ucraniano. Stoltenberg, que já tinha afirmado que o lugar "legítimo" da Ucrânia "é na NATO", reiterou hoje essa ideia, ao avançar que "todos os aliados da NATO concordaram que a Ucrânia se deverá tornar membro" da aliança.
Ainda assim, o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, referiu que a porta "está entreaberta", mas que "não é hora de decidir agora".
Na reunião, os países da União Europeia debateram sobre o cumprimento da promessa de fornecer munições à Ucrânia, na sequência de críticas a atrasos que "custam vidas". França, apoiada pela Grécia, está a pressionar para garantir que as munições sejam enviadas para a Ucrânia, segundo avança o jornal britânico "The Guardian".
Os Estados-membros da NATO prometem continuar a apoiar o desenvolvimento da Ucrânia, para além da ajuda militar, mas não se comprometem com uma data para que o país possa fazer parte da aliança.