Um fotojornalista encontrou, por acaso, uma menina que percorreu mais de um quilómetro, com a irmã ferida às costas, para encontrar ajuda.
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Nas últimas horas surgiram nas redes sociais, nomeadamente X e Instagram, imagens e vídeos de um grande grupo de civis palestinianos, incluindo crianças, que estão ser obrigados a abandonar o norte de Gaza.
O diretor da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) avisou esta terça-feira que se tornou impossível encontrar comida, água ou cuidados médicos no norte da Faixa de Gaza e exigiu uma trégua imediata da ofensiva israelita. "No norte de Gaza, as pessoas estão apenas à espera da morte", sublinhou Philippe Lazzarini, num comunicado publicado na rede social X.
De acordo com as autoridades na Faixa de Gaza, Israel está também a utilizar a fome "como arma de guerra contra civis e crianças", proibindo "a entrada de alimentos, leite em pó e suplementos nutricionais".
"Isto é considerado um crime contra a humanidade. Este crime vem juntar-se ao encerramento pelo exército de ocupação israelita da última passagem na Faixa de Gaza há 169 dias [alusão à passagem de Rafah] e ao aperto do cerco sufocante a todas as províncias da Faixa", acrescentaram as autoridades, antes de manifestar "profunda perplexidade perante o silêncio da comunidade internacional".
Desde o início da ofensiva israelita contra Gaza, em outubro de 2023, mais de 42.600 pessoas morreram - a maioria delas mulheres e crianças - e quase 99.800 ficaram feridas, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, que não inclui milhares de desaparecidos ou mortos devido a doença ou infeção.