A polícia moçambicana disse esta terça-feira que um menor raptado na semana passada a caminho da escola em Maputo foi libertado na noite de segunda-feira, mas não indicou as circunstâncias em que aconteceu a libertação.
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A criança, retirada de uma carrinha de transporte de alunos por homens desconhecidos, é a segunda a ser sequestrada em menos de um mês em Maputo, depois de há três semanas outro menor ter sido raptado na marginal da capital moçambicana.
O menor foi depois libertado no distrito de Marracuene, a cerca de 10 quilómetros de Maputo, também em circunstâncias não reveladas nem pela polícia nem pelos familiares.
Falando na conferência de imprensa semanal sobre a atividade criminal no país, o porta-voz do Comando Geral da Polícia moçambicana, Pedro Cossa, acusou alegados "oportunistas" pela onda de raptos que tem assolado as cidades moçambicanas nos últimos anos, que "se aproveitam da situação de estabilidade financeira em que vivem alguns" para protagonizarem os crimes.
O ministro do Interior de Moçambique, Alberto Mondlane, disse na segunda-feira que a polícia já tinha identificado os autores dos raptos das duas crianças, adiantando que a detenção do grupo era "uma questão de tempo".
O rapto das duas crianças mostra um novo foco por parte dos grupos de raptores que operam no país, uma vez que quando este tipo de criminalidade começou visava empresários da comunidade islâmica ou seus familiares.
Mais de 20 homens de negócios da comunidade islâmica ou seus familiares foram raptados nos últimos anos e mais tarde libertados a troco de avultadas somas de dinheiro.