Os líderes da Alemanha e da França congratularam-se, esta quinta-feira, com o desfecho da "batalha de Sirte", que resultou na morte do ex-líder líbio Muammar Kadafi, e desejaram um futuro de "paz e democracia" para a Líbia.
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"O caminho está aberto em definitivo para um novo processo político em direcção à paz. A Alemanha está tranquilizada e feliz", disse a chanceler Angela Merkel num comunicado divulgado algumas horas após a morte do ex-dirigente líbio. "A Líbia deve promover de imediato avanços em direcção à democracia e tornar visíveis as conquistas da primavera árabe", acrescentou.
"Esperemos que o povo da Líbia possa viver numa nova era de paz e democracia após décadas de ditadura", considerou o chefe da diplomacia germânica, Guido Westerwelle, em declarações no ministério.
A Alemanha absteve-se, em Março, durante o voto da resolução 1973 do Conselho de Segurança que autorizava o recurso à força para proteger os civis líbios, e recusou participar na operação militar desencadeada pela NATO.
Em Paris, o presidente Nicolas Sarkozy optou por saudar o "desaparecimento" do coronel Muammar Kadafi como uma "etapa decisiva" para a libertação da Líbia e afirmou a abertura de "uma nova página" para o povo líbio, a da "reconciliação na unidade e na liberdade".
Em comunicado emitido pelo Eliseu, Sarkozy referiu, ainda, que a "libertação de Sirte deve assinalar o início do processo indicado pelo Conselho Nacional de Transição para estabelecer na Líbia um sistema democrático no qual todos os sectores do país terão o seu lugar e onde as liberdades fundamentais serão garantidas".