A chanceler alemã, Angela Merkel, disse, esta sexta-feira, estar "mais determinada que nunca" para atuar sobre as questões climáticas reagindo à retirada dos EUA do Acordo de Paris.
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"Essa decisão não pode e não vai travar aquilo que nós, por obrigação, temos de proteger", disse a chanceler alemã em Berlim.
"Nós estamos mais determinados que nunca, na Alemanha, na Europa e no mundo a juntar esforços" para enfrentar as questões relacionadas com as alterações climáticas, acrescentou.
Trump anunciou na quinta-feira a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, argumentando que o pacto põe em "permanente desvantagem" a economia e os trabalhadores norte-americanos.
Com esta decisão, os Estados Unidos "cessarão todas as implementações" dos seus compromissos climáticos fixados em Paris, que incluem a meta proposta pelo ex-presidente Barack Obama de reduzir até 2025 as emissões de gases de efeito de estufa entre 26% e 28% em relação aos níveis de 2005.
Concluído em 12 de dezembro de 2015 na capital francesa, assinado por 195 países e já ratificado por 147, o acordo entrou formalmente em vigor em quatro de novembro de 2016, e visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa.
Portugal ratificou o acordo de Paris em 30 de setembro de 2016, tornando-se o quinto país da União Europeia a fazê-lo e o 61.º do mundo.
O acordo histórico teve como "arquitetos" centrais os Estados Unidos, então sob a presidência de Barack Obama, e a China, e a questão dividiu a recente cimeira do G7 na Sicília, com todos os líderes a reafirmarem o seu compromisso em relação ao acordo, com a exceção de Donald Trump.