Cerca de 20 mil sírios em fuga da ofensiva das forças de Bashar al-Assad na província de Alepo estavam esta sexta-feira bloqueados do lado sírio da fronteira turca.
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"Cerca de 20 mil pessoas estão concentradas perto do posto fronteiriço de Bab al-Salama, e entre cinco mil a dez mil estão deslocadas na cidade de Azaz", informou o porta-voz do Gabinete dos assuntos humanitários da ONU (OCHA).
O Exército de Damasco, apoiado por "raides" aéreos russos - cerca de mil desde o início da ofensiva na segunda-feira -, retomou aos rebeldes duas novas localidades, Rityane e Mayer, e apertou o cerco em torno da cidade de Alepo, norte do país.
No sul, e também apoiada por incursões aéreas russas, e ainda do Hezbollah libanês, as forças governamentais sírias também de apoderaram da localidade estratégica de Atmane, na província de Deraa.
Na sequência dos últimos sucessos do regime, os rebeldes encontram-se na sua pior situação desde o início do conflito. A província de Alepo tem sido um dos principais bastiões da rebelião, num país dividido entre regime, rebeldes e jiadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
"Os rebeldes batem em retirada por todo o lado, não existe uma frente significativa onde não estejam em retirada", assinalou Emile Hokayem, do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS), citada pela agência noticiosa France Presse.
No atual, cenário, a situação humanitária, que já era catastrófica, acabou por se agravar. Na província de Alepo, calcula-se que 40 mil habitantes optaram pelo êxodo em direção à fronteira turca na sequência da ofensiva militar do regime.