A Legião da Liberdade da Rússia reivindicou um ataque à região russa de Belgorod, localizada a cerca de 40 quilómetros da fronteira com a Ucrânia. As autoridades de Kiev distanciam-se do acontecimento, mas dizem estar atentas.
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A milícia russa, que se descreve como uma organização anti-Kremlin que tem como objetivo derrubar o poder de Moscovo e libertar o país de Vladimir Putin, alegou ter cruzado a fronteira e invadido a localidade de Kozinka, na região russa de Belgorod.
"Somos os mesmos russos que vocês. Apenas nos diferenciamos pelo facto de não querermos justificar as ações dos criminosos no poder e pegar em armas para defender a nossa liberdade. É hora de todos assumirem a responsabilidade pelo futuro. É hora de acabar com a ditadura do Kremlin", pode ler-se num comunicado divulgado pela Legião da Liberdade da Rússia nas redes sociais.
Por sua vez, o governador da região de Belgorod confirmou o ataque, mas imputou as culpas à Ucrânia.
"O grupo de sabotagem e reconhecimento das forças armadas da Ucrânia entrou no território do distrito de Grayvoron. As forças armadas da Federação Russa, junto com o serviço de fronteira, Rosgvardiya e o FSB, estão a tomar as medidas necessárias para eliminar o inimigo", escreveu Vyacheslav Gladkov nas redes sociais, acrescentando que três pessoas ficaram feridas com gravidade.
Apesar das acusações russas, as autoridades ucranianas negam um envolvimento no ataque. "A Ucrânia está a observar os acontecimentos na região de Belgorod com interesse e está a estudar a situação, mas não tem nada a ver com isso", explicou o Conselheiro Presidencial ucraninao Mikhaylo Podolyak.