O ministro do Interior israelita, Gideon Saar, justificou esta quarta-feira um ataque aéreo a Gaza que matou a mulher e o filho do líder militar do Hamas Mohammed Deif, considerando que este é um alvo legítimo.
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"Mohammed Deif merece morrer como (o defunto líder da al-Qaeda Osama) bin Laden. Ele é um dos principais assassinos e sempre que temos oportunidade tentamos matá-lo", disse Saar à rádio militar israelita.
Desconhece-se se Deif foi morto ou ficou ferido no ataque, que destruiu um edifício de seis andares no bairro Sheikh Radwan da cidade de Gaza na noite de terça-feira.
Um porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra, disse inicialmente que tinham morrido três pessoas no bombardeamento, entre elas um homem não identificado, mas depois alterou o balanço para dois, sem explicações.
Entre os mortos encontrava-se a segunda mulher de Deif, Widad, de 27 anos, e o seu filho de sete meses, Ali. As equipas de resgate tiraram esta quarta-feira dos escombros os corpos de uma mulher de 48 anos e de um rapaz de 14, disse Qudra.
Testemunhas disseram que pelo menos três mísseis foram disparados contra o edifício.
Designado líder do braço armado do movimento islâmico palestiniano Hamas em 2002, depois do seu antecessor ter sido assassinado quando Israel atingiu a sua casa à bomba, Deif escapou a cinco anteriores tentativas de assassínio por parte do Estado hebreu.
Israel considera-o "o cérebro" por trás da campanha de bombistas suicidas que teve como alvo autocarros e locais públicos durante a segunda 'intifada' (sublevação palestiniana contra Israel), entre 2000 e 2005, e responsabiliza-o pessoalmente pela morte de dezenas de civis.