Mikhail Gorbachev, último líder da ex-URSS, que acabou com a Guerra Fria, mas que não conseguiu evitar o colapso da União Soviética, morreu esta terça-feira, aos 91 anos.
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Líderes mundiais prestaram homenagem a Mikhail Gorbachev após a notícia da sua morte.
Gorbachev, o último presidente soviético, forjou acordos de redução de armas com os Estados Unidos e parcerias com potências ocidentais para remover a Cortina de Ferro que dividia a Europa desde a Segunda Guerra Mundial e trazer a reunificação da Alemanha.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi um dos líderes que utilizaram o Twitter para comentar a morte de Gorbachev. "Mikhail Gorbachev foi um estadista único que mudou o curso da história. O mundo perdeu um líder global imponente, multilateralista comprometido e defensor incansável da paz. Estou profundamente triste com sua morte", escreveu Guterres.
Gorbachev também foi descrito como um líder confiável e respeitado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O porta-voz de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, descreveu Gorbachev como um estadista extraordinário que ajudou a acabar com a Guerra Fria, mas cujo papel na história foi controverso.
"Ele sinceramente queria acreditar que a Guerra Fria terminaria e que daria início a um período de romance eterno entre uma nova União Soviética e o mundo, o Ocidente", disse Peskov.
Gorbachev será enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscovo, ao lado de sua esposa Raisa, que morreu em 1999, garantiu a agência de notícias Tass, citando a fundação que o ex-líder soviético criou quando deixou o cargo.