As autoridades acreditam que o menino de dois anos que caiu a um poço em Málaga, no domingo, ainda está vivo. Estão a fazer um furo horizontal para chegar ao buraco.
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As autoridades apostam, agora, num furo horizontal que vá ao encontro do poço vertical onde se presume que estará Julen, a cerca de 80 metros de profundidade.
Um porta-voz da Guardia Civil disse, ao início da tarde, que os trabalhos ainda não haviam começado. "Os geólogos estão a avaliar a melhor forma de fazer o furo, porque a segurança é o mais importante. Trabalhamos com a ideia de que o menino está vivo", disse.
A subdelegada do Governo de Málaga, María Gámez, disse desconhecer quanto tempo será necessário para fazer o furo horizontal até ao poço onde estará Julen e revelou que estão 10 empresas especializadas no local. "Estamos a fazer o máximo com os melhores", disse.
"Desde as 7 horas desta manhã que se trabalha para fazer um furo lateral e horizontal que chegue aos 80 metros do poço onde cremos que está Julen", explicou. "Este é o método mais seguro", acrescentou a governante, recordado que durante a noite se trabalhou, sem êxito, para tentar tirar a terra e as pedras que desabaram no interior do furo, de 100 metros. As máquinas utilizadas para o efeito detetaram uma massa compacta que não pode ser removida, a cerca de 73 metros de profundidade.
Segundo María Gámez, a ideia é fazer o furo horizontal, de encontro ao vertical onde estará a criança, para "introduzir uma câmara e observar". Se Julen for localizado, o buraco será alargado para se proceder ao resgate, acrescentou.
Os peritos apostam nesta solução, deixando de lado as três hipóteses que estavam em cima da mesa até ao início desta manhã, adiantou. "Existem fatores determinantes na operação: a segurança da criança e a estabilidade do terreno, que dificulta o trabalho", disse María Gámez.
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Menino desapareceu no domingo
María Gámez assegurou, ainda, ter uma "informação direta e pessoal" que credibiliza a informação de que Julen caiu mesmo no furo. "Todos os testemunhos coincidem" nessa hipótese, disse.
Mais de 100 pessoas participam da operação de resgate da criança desde as 14 horas de domingo, quando o pai do menino e o serviço 112 avisaram a Guarda Civil que ele tinha caído no poço, um buraco para prospeção e busca de água naquela zona de serra.
Para o local foram destacados elementos do serviço 112, do Consórcio Provincial de Bombeiros, Proteção Civil, a Equipa de Resgate e Intervenção de Montanha (EREIM) de Álora e Granada, submarinistas e bombeiros de Málaga.
Algumas empresas privadas estão a ajudar nas buscas fornecendo equipamento para tentar localizar a criança.
Segundo o jornal "El País", o buraco onde o menino caiu, que estava desprotegido e sem qualquer sinalização, fica muito próximo do dólmen do Cerro de la Corona, local turístico também conhecido como Tumba del Moro, na Andaluzia.