O Presidente interino ucraniano, Oleksandr Turtchinov, anunciou esta sexta-feira que a ofensiva militar levada a cabo pelo exército ucraniano em Slaviansk fez "muitos mortos e feridos" do lado dos rebeldes e dois do lado ucraniano, numa mensagem à nação.
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"Os criminosos sofreram pesadas baixas: muitos mortos, feridos e muitos prisioneiros", afirmou na declaração televisiva.
O chefe de Estado em exercício instou também a Rússia a "pôr fim à histeria em torno dos acontecimentos em curso na Ucrânia". "Parem com as ameaças e a intimidação", insistiu.
Durante a operação, os militares ucranianos sofreram duas baixas mortais e sete feridos, acrescentou Turtchinov.
Segundo o responsável ucraniano, a cidade de Slaviansk, no sudeste do país, está totalmente rodeada pelas forças armadas ucranianas e a ofensiva para recuperar o controlo e expulsar os pró-russos vai prosseguir.
De acordo com uma porta-voz dos separatistas pró-russos, morreram três rebeldes pró-Moscovo e dois civis na ofensiva desta sexta-feira em Slaviansk.
Este balanço, somado ao feito anteriormente pelo ministro da Defesa ucraniano, que indicou que dois militares morreram quando os rebeldes abateram dois dos seus helicópteros durante a operação, ascende, no total, em sete mortos em Slaviansk.
Em Odessa, uma pessoa morreu e pelo menos dez ficaram feridas durante uma batalha campal ocorrida entre manifestantes favoráveis ao Governo e os separatistas pró-russos, segundo os "media" locais.
Vários milhares de manifestantes com bandeiras ucranianas e repetindo palavras de ordem como "O Leste e o Ocidente, juntos" manifestavam-se no centro daquela cidade do sul da Ucrânia, num desfile a que se juntaram claques da equipa de futebol Chernomórets.
Ao seu encontro foram várias centenas de separatistas pró-russos, opostos ao Governo de Kiev, armados com escudos e paus.
Dezenas de polícias interpuseram-se entre os dois grupos, como se pôde ver em imagens de televisão, enquanto se ouviam muitas explosões de granadas e se viam colunas de fumo.