Uma cidadã da comunidade islâmica foi sequestrada, esta terça-feira, por quatro homens armados nas imediações da Escola Portuguesa de Maputo, depois de deixar o seu filho de quatro anos naquele estabelecimento.
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Em declarações à Lusa, a diretora da Escola Portuguesa de Maputo, Dina Trigo de Mira, disse que o rapto ocorreu quando a vítima entrava para o carro, depois de ter deixado o seu filho, que ali estuda, no pátio da escola.
"Quando estava a entrar no carro apareceram à sua volta quatro homens armados que a sequestraram. Nem os seguranças viram" o que aconteceu, disse Dina Trigo de Mira, sublinhando que a ação "ocorreu fora da escola".
"Não entraram homens armados na escola. Foi tudo fora da escola. Não entrou ninguém dentro da escola, rigorosamente ninguém", afirmou a responsável da Escola Portuguesa de Maputo, onde "as aulas continuam normalmente".
A direção da escola avisou a polícia moçambicana, bem como as autoridades governamentais portuguesas e moçambicanas sobre o sucedido, o primeiro do género que ocorre perto daquele estabelecimento de ensino português.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter uma reação da Polícia da República de Moçambique.
A capital moçambicana, Maputo, tem sido palco de sequestros de cidadãos, especialmente ligados à religião islâmica, a quem são exigidas somas avultadas para a soltura, segundo dados revelados nos dois julgamentos relacionados com os casos que estão a decorrer desde meados do ano.
Em julho, um empresário português foi sequestrado e mais tarde libertado, mas, nos últimos dias, a principal cidade do país começou a assistir a novos casos de sequestros cujos alvos preferenciais são menores.
Em 2012, a Polícia da República de Moçambique registou 14 processos de raptos, cinco dos quais foram deduzidos a acusação.