Uma mulher neozelandesa viveu durante 18 meses com dores abdominais causadas por uma peça cirúrgica do tamanho de um prato, que foi deixada no seu abdómen durante uma cesariana. A cirugia decorreu no hospital de Auckland, em agosto de 2020.
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Apesar de, no início da investigação, as autoridades de saúde do distrito de Auckland negarem a existência de falhas nos cuidados prestados à utente, na passada segunda-feira, o comissário de saúde da Nova Zelândia, Morag McDowell, refere, num relatório citado pela "The Guardian", que "quando um objeto é deixado dentro de um doente durante uma operação, o cuidado falhou ”.
O instrumento em questão é um Alexis Wound retractor (AWR) e é usado para incisões até 17 cm de diâmetro e não é detétavel por raio X". O material foi retirado do organismo da paciente só em 2021, quando a paciente foi às urgências devido à "fortes dores abdominais", avança o jornal britânico.
No momento da operação, estavam no bloco operatório o cirurgião, um enfermeiros, três enfermeiros auxiliares, dois anestesistas e ainda uma parteira. O relatório aponta semelhanças com com outra ocorrência no mesmo hospital, por isso aconselha a unidade de saúde a clarificar as políticas de cirurgia.
O diretor de cirurgia do grupo hospitalar, Mike Shepherd, já pediu desculpa pelo sucedido e afirmou "que já foi revisto o cuidado prestado aos pacientes e os sitemas foram melhorados para reduzir a hipotese de incidentes semelhantes.