Por todo o Mundo sucedem-se as manifestações de pesar e as homenagens a Nelson Mandela, que morreu quinta-feira. O ex-líder sul-africano deixou uma marca de esperança e de luta pela liberdade, que muitos povos querem lembrar publicamente, com luto nacional, como na Venezuela, ou bandeiras nacionais a meia haste.
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As cerimónias fúnebres de Nelson Mandela vão durar dias e o povo sul-africano terá direito a despedir-se do ex-líder. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciou que haverá lugar a um funeral de Estado completo, sem adiantar a sua duração exata, mas todo o cerimonial, segundo a imprensa local, pode durar 12 dias.
Pelo menos três dias de luto deverão ser reservados à família de Mandela, casado com a moçambicana Graça Machel. Durante o período de luto, os edifícios governamentais colocarão a bandeira nacional a meia haste, uma homenagem que será vísivel em outras partes do glono.
É o caso dos EUA. O Presidente norte-americano ordenou que as bandeiras dos Estados Unidos na Casa Branca e edifícios públicos sejam colocadas a meia-haste em sinal de luto pela morte do antigo chefe de Estado sul-africano Nelson Mandela.
A decisão de Obama abrange também as missões diplomáticas norte-americanas, portos militares, estações navais e navios militares e estará em vigor até ao final do dia de segunda-feira.
França rende homenagem a "Madiba"
A homenagem repete-se em França, que decidiu colocar as bandeiras a meia haste em França em homenagem à memória de Nelson Mandela. "O Presidente da República François Hollande quer que esta mensagem seja partilhada por todos os franceses. Foi ele que decidiu que todas as bandeiras da República serão colocadas a meia haste", anunciou o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, em Pequim.
As instituições europeias, em Bruxelas, colocaram também as bandeiras a meia haste, em memória do antigo presidente sul-africano Nelson Mandela, que o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, recordou como "uma das maiores figuras políticas" contemporâneas.
No exterior da sede do executivo comunitário, o edifício Berlaymont, as bandeiras da União Europeia foram colocadas a meia-haste, como tributo ao antigo líder da África do Sul, falecido na quinta-feira, o mesmo sucedendo no Parlamento Europeu, instituição onde a morte de Mandela também já foi lamentada pelas diferentes famílias políticas europeias.
Na quinta-feira à noite, num comunicado conjunto com o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, José Manuel Durão Barroso considerou tratar-se de "um dia muito triste não só para a África do Sul, mas também para toda a comunidade internacional", afirmando que Mandela "vai ficar não apenas nos livros de história, mas nos corações, na memória de muitos, por todo o mundo, para quem a sua luta continuará a ser uma fonte de grande inspiração".
Três dias de luto nacional na Venezuela
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lamentou a morte do antigo presidente da África do Sul Nelson Mandela e anunciou, através da sua conta no Twitter, que decidiu decretar três dias de luto nacional em sua homenagem.
"Em homenagem ao gigante Nelson Mandela decidi, em nome de toda a Venezuela, decretar três dias de luto em toda a pátria de (Simón) Bolívar e (Hugo) Chávez", escreveu.
Na sua conta oficial do Twitter, @NicolasMaduro, o primeiro mandatário sublinhou que "a 9 meses da partida do comandante (Hugo Chávez), partiu outro gigante dos povos do mundo".
"Madiba viverás para sempre!", exclamou.
Nicolás Maduro escreveu ainda: "Até à vitória sempre, líder dos povos que lutam. Desde a Venezuela te enviamos o nosso amor".
A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, em Joanesburgo, foi anunciada na quinta-feira pelo Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, numa comunicação televisiva.
Líder da luta contra o "apartheid", Nelson Mandela foi o primeiro Presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999.