O museu de Inhotim, considerado o maior museu em área aberta do mundo, estará fechado até ao fim deste mês, "em solidariedade" com a comunidade de Brumadinho e os atingidos pela rutura da barragem naquela cidade, na sexta-feira passada.
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"O Instituto Inhotim informa que permanecerá fechado, por ora, até quinta-feira, 31 de janeiro. A reabertura será na sexta, dia 01 de fevereiro", disse a instituição num comunicado oficial.
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O museu chegou a ser evacuado na última sexta-feira após a rutura de uma barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais, que até agora causou 60 mortos e deixou 305 desaparecidos,.
Segundo o instituto que gere o museu, toda a sua equipa está mobilizada para prestar assistência aos atingidos pelo acidente.
"Estamos em contacto com os órgãos competentes para entender os impactos do desastre e traçarmos conjuntamente medidas para minimizar os danos", lê-se no comunicado.
"Brumadinho é a casa do Inhotim e de tantas outras vidas e histórias. Enquanto instituição cultural referência na região, que nasceu e se desenvolveu neste lugar, comprometemo-nos a utilizar todos os nossos meios possíveis para apoiar na recuperação da cidade e na superação dessa grande tragédia que afeta todos nós", acrescentou a instituição.
No último dia 25, a rutura da barragem da empresa de mineração Vale no município de Brumadinho, na região metropolitana da cidade brasileira Belo Horizonte, causou uma avalanche de lama e resíduos minerais.
Privatizada pelo Governo brasileiro em 1997, a Vale é uma das maiores empresas do Brasil e uma das principais mineradoras do mundo, com operações em mais de 30 países.
Além de ser a maior exportadora mundial de ferro, é uma das principais produtoras de níquel e outros minerais, como potássio e cobre, e é considerada uma empresa estratégica pelo Governo brasileiro, que tem o controlo de uma parte substancial das ações e com direito de voto.
A empresa já esteve envolvida há três anos numa outra catástrofe semelhante, ocorrida numa das minas da sua subsidiária Samarco no estado de Minas Gerais, na cidade de Mariana, na qual morreram 19 pessoas.