Pelo menos 34 pessoas morreram e cerca de 300 estão desaparecidas na sequência da rutura de uma barragem em Brumadinho, Minas Gerais, no Brasil, segundo o último balanço.
Corpo do artigo
Oito corpos já foram identificados. Até o momento, 366 pessoas foram resgatadas, sendo 221 funcionários da Vale e 145 terceirizados. Há 23 pessoas hospitalizadas.
As forças de segurança envolvidas nas operações de resgate atualizaram o número de desaparecidos de 345 para 299, com a confirmação de que 23 foram encontrados e encaminhados para unidades de saúde, avançou o jornal "Folha de S. Paulo". De acordo com a mesma publicação, o número de mortos subiu para 34.
A rutura da barragem causou um rio de lama e de resíduos minerais, soterrando as instalações da empresa e destruindo diversas casas na zona.
10490664
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, já considerou ser muito difícil resgatar pessoas com vida dos escombros. "A polícia, o corpo de bombeiros e os militares fizeram tudo para salvar os possíveis sobreviventes, mas sabemos que as hipóteses são mínimas e provavelmente apenas encontraremos os corpos", disse o governador, que se deslocou para o local.
Há quase três anos, uma das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilómetros. Este desastre causou 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) considerou que a rutura da barragem em Brumadinho era uma "tragédia anunciada", referindo que já tinha efetuado diversos alertas.
A organização não governamental salientou que, desde 2015, quando ocorreu uma tragédia semelhante na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, que tem vindo a alertar para os riscos na mina em que ocorreu o acidente na barragem e cuja ampliação foi aprovada apesar das advertências.
"Desde 2015 que inúmeras denúncias foram efetuadas sobre o risco de rompimento de barragens do complexo em Brumadinho, mas mesmo assim teve a sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro passado", referiu a organização em comunicado.