Elon Musk enviou, na quarta-feira, o primeiro e-mail aos funcionários do Twitter, preparando-os para "tempos difíceis" e proibindo o teletrabalho.
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De acordo com a "Bloomberg", que analisou o e-mail em causa, Musk disse que "não há como adoçar a mensagem" sobre as perspetivas económicas e como afetarão uma empresa dependente de publicidade como o Twitter. "O caminho a seguir é árduo e exigirá trabalho intenso para ter sucesso", escreveu o novo dono da rede social.
As novas regras, que têm efeito imediato, determinam que os funcionários estejam no escritório pelo menos 40 horas por semana. Antes da chegada de Musk, o Twitter tinha estabelecido um acordo permanente de trabalho remoto para os funcionários. O multimilionário também eliminou "dias de descanso" do calendário da equipa do Twitter, que dispunha de um dia de folga mensal em toda a empresa introduzido durante o período de pandemia.
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O Twitter está sob a liderança de Musk há quase duas semanas, período em que despediu cerca de metade da força de trabalho e a maior parte dos executivos. O empresário aumentou o preço da assinatura do Twitter Blue para oito dólares e anexou-lhe a verificação do utilizador. Musk pretende que as assinaturas representem metade da receita do Twitter.
Em junho deste ano, Musk, que também é dono da Tesla, enviou um e-mail aos colaboradores da fabricante automóvel sob a linha de assunto "trabalho remoto já não é aceitável". Musk escreveu que "qualquer pessoa que deseje trabalhar remotamente deve estar no escritório por um período mínimo - destaque para mínimo - de 40 horas por semana ou sair da Tesla". "Isto é menos do que pedimos aos trabalhadores da fábrica", acrescenta na missiva, em que o multimilionário salienta que o local de trabalho "deve ser um escritório principal da Tesla" e não uma filial remota não relacionada com as funções.