O chefe da al-Qaeda, Osama bin Laden, e o número dois da rede terrorista, Ayman al-Zawahiri, vivem sob protecção no nordeste do Paquistão, referiu um alto responsável da NATO citado pela cadeia de televisão CNN.
Corpo do artigo
O responsável da NATO afirmou ainda, sob anonimato, que o chefe dos talibãs afegãos, Mullah Omar, se deslocou nos últimos meses entre as cidades paquistanesas de Quetta (sudoeste) e Carachi.
De acordo com esta fonte, o líder saudita da al-Qaeda, procurado pelos Estados Unidos por ter ordenado os ataques de 11 de Setembro de 2001, vive em boas condições numa das zonas tribais fronteiriças com o Afeganistão "sob a protecção dos habitantes e de certos elementos dos serviços secretos paquistaneses".
Numa conferência de imprensa em Carachi, o ministro do Interior, Rehman Malik, disse "desmentir categoricamente" as afirmações sobre a presença de Bin Laden no país.
"Sempre dissemos que, caso houvesse alguém com informações para nos fornecer, tomaríamos as medidas necessárias. Osama bin Laden, Hakimullah Mehsud (o chefe dos talibãs paquistaneses), Ilyas Kashmiri (chefe rebelde islamista) e todos os outros terroristas são agentes anti-islão e anti-Paquistão e mercenários assassinos. Se tivéssemos informações, agiríamos contra eles", asseverou Malik.
O responsável da NATO tinha previamente assegurado que o egípcio Ayman al-Zawahiri também se encontra na mesma região mas não no mesmo local, e sublinhou que "nenhum (dos dirigentes da al-Qaeda) vive numa gruta", numa referência às boas condições fornecidas aos dois chefes da al-Qaeda.
Diversos responsáveis norte-americanos, incluindo recentemente a secretária de Estado Hillary Clinton, afirmaram que bin Laden se encontrava nas zonas tribais isoladas do noroeste paquistanês.
Diversos especialistas sobre a al-Qaeda consideraram que o chefe da rede terrorista se encontra no norte do Waziristão, um dos distritos montanhosos e definido como um dos principais refúgios dos talibãs afegãos e paquistaneses e seus aliados da al-Qaeda.
Até ao momento não foram conseguidas provas concretas destas alegações, após ter sido perdido o rasto de bin Laden na sequência dos ataques de 11 de Setembro.