Os ministros da Defesa da NATO, reunidos esta quinta-feira em Bruxelas, concordaram que a crescente intervenção russa na Síria levanta "sérias preocupações" e não está a ajudar a alcançar uma "solução política" para o conflito.
Corpo do artigo
Numa conferência de imprensa durante uma reunião de ministros da Defesa da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, secretário-geral da organização, disse que, na discussão sobre a situação na Síria, os Aliados concordaram que a "escalada da atividade militar russa na Síria" é muito preocupante, sobretudo porque não se limita a visar o ISIS, o grupo autodenominado Estado Islâmico.
"Exorto a Rússia a desempenhar um papel construtivo na luta contra o ISIS, mas as ações da Rússia e o apoio ao regime (de Bashar al-Assad) não estão a ajudar", declarou.
Stoltenberg defendeu que "é mais necessária que nunca uma solução pacífica para a crise na Síria, e a NATO apoia os esforços da ONU e outros para tentar encontrar uma solução politica negociada para a crise".
O secretário-geral voltou a lamentar as "recentes violações do espaço aéreo turco", que classificou de "inaceitáveis", e reiterou que "a NATO vai continuar a acompanhar de perto os desenvolvimentos" e está "fortemente solidária com a Turquia".
Portugal está representado na reunião pelo seu embaixador junto da NATO, na ausência do ministro José Pedro Aguiar-Branco.